De Danilo Henrique, Araraquara/SP:
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É preciso separar as coisas. Às vezes requer uma dose de
sabedoria pouco comum num país que tem por origem o conceito de colônia. Para
ser grandioso é preciso mais do que dinheiro. Posso investir milhões de dólares
numa Torre e outros milhões de mídia para convencê-lo de que é a mais alta do
mundo. Eu até consigo, desde que você não suba lá pra medir. No futebol, às
vezes medem. O rico só tem dinheiro. O grande tem todo o resto. O Chelsea é
rico, o Corinthians é grande. Tão grande que estudou seu adversário e
reconheceu o tamanho do jogo. O outro, tão rico que se perguntou: “Quem é esse
tal de Corinthians?”. Dizer que “nem queria mesmo” depois de ter perdido é tão
idiota quanto dizer que “nem vai querer” e depois brigar por ele com o alvará
de ter dito não se importar. Medíocre. Uma das mais medíocres atitudes que há
no esporte. O Chelsea, de grandes jogadores, é só um time de futebol. O
Corinthians, que eles não sabem nem onde fica, é muito mais do que isso. A
diferença entre eles não se mede no elenco, no quanto custa a porcaria do
Torres ou quanto dinheiro será investido a cada janela de transferências. Mede-se
quando se olham. O rico despreza, se acha maior. O grande respeita, porque de
fato é maior. Em volta daquele gramado a mais simples explicação para o título.
Os milhares de fiéis que fazem do gigante um gigante. E a arrogância eterna de
quem acha que aquele esporte diz respeito a negócios De terno, eles chegam e
saem sem mexer os olhos. Britânicos, pontuais, chatos. Com pandeiros no “busão”,
chegamos nós. Em meio à festa, música, medo, respeito, choro, tremedeira e tudo
que um ser humano tem por direito. Porque somos humanos, como os fiéis que ali
estavam morrendo de medo de perder. Aos milhares de ingleses que foram aos pubs
rir do “tal Corinthians”, mais uma dose. Aos que foram ao Japão temer o tal
Chelsea, um brinde. Não a falsa modéstia, pois isso não faz parte de clube
nenhum. Mas um brinde ao que o dinheiro não compra, ao que faz o rico sentir
inveja e ao que diferencia “poder” de “poder de compra”. Compra lá, Chelsea. Vá
buscar o Messi, o Cristiano Ronaldo, um grupo de investidores e faça um estádio
de neon que brilha no escuro. Uma nação você não compra, porque não está a
venda. Essa se conquista, e quem conquistou foi o Corinthians que em diversos
momentos de sua história não tinha dinheiro pra pagar salários de jogador. Quem
ganhou o mundo movido por paixão foi o “favelado” clube de… de onde mesmo? Vai
lá, Benítez. Entra no google maps e vai procurar por “donos do mundo”. “Você
quis dizer… Corinthians?”
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