sábado, 12 de julho de 2014

Pirâmides do Egito




As pirâmides do antigo Egito foram construídas para abrigar as tumbas dos faraós, na crença de que a vida verdadeira começava depois da morte.
Cinturão de Órion

As três grandes pirâmides da meseta de Gizé estão distribuídas sobre o deserto de maneira idêntica, seguindo a disposição das três estrelas da constelação de Órion, que era o equivalente celestial do deus Osíris. Seu “cinturão” era o que os egípcios chamavam de Duat, uma espécie de “portal” pela qual a alma do faraó deveria passar para chegar a Amenti, a mais alta.

A Grande Pirâmide de Gizé é a única das Sete Maravilhas do Mundo Antigo que ainda está de pé. Foi construída durante o período do Império Antigo pelo faraó Quéops (Khufu, integrante da IV Dinastia – 2613 a 2498 a.C.) que, assim como seus antecessores, começou a planejar seu “lar da eternidade” ao assumir seu mandato.O ângulo de inclinação dos seus lados é de 54º54′. Sua base é um quadrado com 229 m de lado.  Mas, apesar desse tamanho todo, é um quadrado quase perfeito – o maior erro entre o comprimento de cada lado não passa de 0,1%, algo em torno de 2 cm, o que é incrivelmente pequeno.  A estrutura consiste em mais de 2 milhões de blocos de pedra, cada um pesando de duas a 20 toneladas. Se você tomar o perímetro da pirâmide e dividi-lo por duas vezes a sua altura, chegará ao número pi (3,14159…) até o décimo quinto dígito.  As chances de esse fenômeno ocorrer por acaso são quase nulas.  Até o século 6 d.C., o pi havia sido calculado só até o quarto dígito. A Grande Pirâmide pode ser a mais velha estrutura na face do planeta, é a mais corretamente orientada, com seus lados alinhados quase exatamente para o norte, sul, leste e oeste.  É um mistério como os antigos egípcios conseguiram tamanha precisão sem utilizar uma bússola – assim com é incrível que até agora ninguém tenha aparecido com uma explicação para o enigma.
Pirâmides do Egito
Ao que parece, todas as construções na planície de Gizé estão espetacularmente alinhadas.  No solstício de verão, quando visto da Esfinge, o Sol se põe exatamente no centro da Grande Pirâmide e de sua vizinha, a pirâmide de Quéfren.  No dia do solstício de inverno, visto da entrada da Grande Pirâmide, o Sol nasce exatamente do lado esquerdo da base da cabeça da Esfinge e passa toda a cabeça até se pôr ao lado direito de sua base.  A geometria das três pirâmides tem sido uma fonte de confusão por muitos anos, por causa da maneira aparentemente imperfeita com que foram alinhadas.  É curioso, porque foram os egípcios os inventores da geometria.
O lugar escolhido para a sua construção foi a margem esquerda do Nilo, a 12 quilômetros do Cairo. Sobre esta margem, normalmente eram construídos os cemitérios. Seus lados se orientam pelos quatro pontos cardeais, com o reflexo das sombras acusando com exatidão milimétrica os pontos essenciais do ano solar, fornecendo as datas precisas dos equinócios de primavera e outono e dos solstícios de inverno e verão.
Apesar dos egípcios não contarem com instrumentos ópticos como a bússola, eles faziam seus cálculos e medidas pelas estrelas. Sabiam que tudo no céu noturno estava em constante movimento, com exceção de um ponto escuro imóvel, que era reverenciado como eterno, a localização do próprio “céu”. Ao redor deste ponto duas estrelas especialmente brilhantes giravam em um círculo constante e, quando uma estava diretamente sobre a outra, era possível traçar uma linha perpendicular que atravessava o ponto escuro com total precisão. Estas estrelas que hoje conhecemos como circumpolares eram chamadas pelos egípcios de “indestrutíveis”.
Baseando-se nestas crenças e conhecimentos, Hemiunu (primo de Quéops e principal arquiteto da Grande Pirâmide) desenvolveu o projeto como uma “máquina de ressureição”. Na parede norte da Câmara do Rei existe uma pequena abertura que funciona como telescópio até as “indestrutíveis”, garantindo assim a viagem para a eternidade para o seu rei e para todos os que colaboraram na construção da pirâmide.
Na Câmara do Rei
Abdullah Al Mamún subiu ao trono em 813 d.C., fomentou as artes e as ciências e transformou Bagdad no centro do saber acadêmico.
Pirâmide de Quéops (ou Khufu)
No interior de sua tumba existem dois canais: o “Ascendente” e o “Descendente”. Este último, com 1,22 metro de altura e 1,05 metro de largura, percorre 105,15 metros até o centro da pirâmide. No final do túnel está a “Câmara do Caos”, mais de 35 metros abaixo do nível da meseta. Acredita-se que originalmente foi projetada para abrigar o corpo do faraó, e que planos posteriores fizeram com que a ideia fosse abandonada.
O “Canal Ascendente”, de 1,05 metro de largura por 1,20 metro de altura, termina na “Grande Galeria”, cerca de 23 metros de altura acima da base da pirâmide. No início, encontra-se outra passagem de 38 metros de percurso, chamado “Canal Horizontal”, que conduz até a “Câmara da Rainha”.
A “Câmara da Rainha” é uma habitação completamente vazia, de 5,65 metros de comprimento por 5,23 metros de largura, com altura que varia entre 4,17 metros e 6,30 metros. Sua localização é no centro do eixo norte-sul da pirâmide.
No final da “Grande Galeria”, de 46,05 metros de comprimento, 2092 metros de largura e 8,70 metros de altura, há uma antecâmara chamada “Câmara dos Rastelos”, com inúmeras ranhuras que na época serviram para dar suporte a distintos mecanismos de proteção que impedissem a passagem para a próxima Câmara do Rei.
Finalmente, encontramos a “Câmara do Rei”, construída inteiramente com granito de Asuan. Suas dimensões são: 10,481 metros de comprimento; 5,235 metros de largura e 5,858 metros de altura. Os muros são formados por cinco fileiras de pedra e o teto, por nove enormes pedras de granito que pesam aproximadamente 400 toneladas. Na parte oeste da câmara encontra-se um sarcófago de granito vermelho, sem tampa.
O relâmpago de Pochan
Petrie já havia observado que a face Sul da Grande Pirâmide apresentava uma anomalia inexplicável, pois a linha demarcatória da base tinha uma entrada de 94 cm no centro. Levando-se em conta que a linha reta que constitui os outros lados não apresentava erros maiores que 3 mm, estes 94cm implicavam num propósito perfeitamente definido. Petrie, entretanto, não pode encontrar a explicação desta aparente irregularidade.

Pirâmides no equinócio
Coube a outro piramidólogo (A. Pochan) encontrar a explicação. Trata-se de um fenômeno observável em nossos dias – apesar da atual deterioração das faces da pirâmide – em todos os dias de equinócio ao pôr do sol, quando uma metade da face Sul encontra-se iluminada e a outra metade escura. Pochan apresenta em seu livro uma fotografia feita pela Royal Air Force às 18 horas de um dia de equinócio, momento em que este fenômeno torna-se claramente visível. Pochan qualifica esta fotografia como “extraordinária”, e não é para menos, pois ela permite que se observe hoje (5.000 anos depois) este sutil fenômeno que acontece unicamente nos dias de equinócio – isto é, conforme os anos, em 21 de setembro e 21 de março, quando o sol passa, no seu desvio anual, pelo plano equatorial.
A análise do fenômeno – que tem a duração de 20 segundos – é extremamente importante do ponto de vista da análise tecnológica da goniometria piramidal, pois seria absurdo pensar que esta divisão do plano piramidal pelo meio fosse devida a um acidente fortuito acontecido durante a construção. Impõe-se aqui o propósito deliberado com a força de sua própria naturalidade e mostra a notável capacidade de levantamento goniométrico daqueles agrimensores, sempre que o ângulo formado pelos dois planos mede 27′ de arco. Além da capacidade construtiva que permite modelar, nesta ordem de medidas, uma superfície de quase quatro hectares (superfície de triângulos laterais da Grande Pirâmide), ressalta o fato de que o movimento do sol no equinócio corresponde a 23′ de arco a cada 24 horas. Este notável ajuste angular faz com que o fenômeno possa ser observado unicamente nos dias de equinócio – que foi o efeito buscado deliberadamente e com precisão pelos seus criadores.
Os povos antigos (gregos, romanos, orientais, americanos) mediam a duração do ano observando o momento em que a sombra de um pilar retrocedia no solstício. Plínio conta, a esse respeito, que Otávio Augusto utilizava para este fim o obelisco do Campo de Marte. Mas nem o matemático Manilio, que desenvolveu o dispositivo de Augusto, nem um astrônomo sequer do mundo antigo podia medir a duração do ano através da observação da sombra do equinócio. A Grande Pirâmide sempre ofereceu esta possibilidade; e é de se notar que, nos tempos em que seu magnífico revestimento de mármore amarelo encontrava-se intacto, devia ser um espetáculo impressionante observar, no por do sol do equinócio, sua face Sul dividida em duas metades: uma com um dourado brilhante e a outra já imersa nas sombras da noite. Assim mesmo, deve-se observar a ausência de referências a respeito desta peculiaridade tão notável nos textos dos cronistas antigos.
A análise do fenômeno permite, também, a observação de que o movimento dos continentes e as anomalias geodésicas produzidas nos últimos cinco mil anos não o afetaram. Pelo que podemos deduzir de análises já mencionadas, o deslocamento do continente africano em dois mil metros com relação ao paralelo 30 N, sua movimentação de 5’31” de Leste para Oeste e a inclinação da meseta de Gizé em 8′ com relação à horizontal atual são as irregularidades geodésicas detectáveis produzidas desde a data da construção do monumento. Entretanto, toda esta distorção geodésica é insuficiente para modificar a reprodução de dois em dois anos. A anomalia mais importante – a movimentação de 5’31” – foi, por outro lado, absorvida pelo excesso de 4′ na curvatura dos planos da face Sul.
O relâmpago de Pochan é uma prova conclusiva dos conhecimentos goniométricos e astronômicos dos antigos construtores, assim como das intenções científicas vinculadas à construção do monumento. Referindo-se a isto Pochan disse: “Como vemos, o conhecimento astronômico dos antigos egípcios era bastante superior ao que lhes é atribuído pelos arqueólogos modernos”.
Algumas Curiosidades
• Nome antigo: Horizonte de Jnum-Jufuy
• Nome Moderno: Grande Pirâmide de Gizé
• Faraó: Jnum-Jufuy (Khufu, Keops, Queope – IV Dinastia)
• Arquiteto: Hemiunu (primo do faraó)
• Volume: 2.592.968 metros cúbicos
• Localização geográfica: Egito, sobre a meseta de Guizé, a 12 quilômetros da cidade do Cairo.
• Superfície: A grande plataforma onde foi construído o conjunto monumental mede 1500 metros de norte a sul, por 2000 metros de leste a oeste.
• Altitude: 40 metros acima do Vale de Gizé.
• Localização: As três pirâmides estão dispostas por ordem de tamanho e antiguidade, seguindo um eixo que vai do noroeste ao sudeste.
• Evolução arquitetônica: Sua forma seguiu uma clara evolução, cujo ponto de partida são as mastabas. As etapas intermediárias representadas pela pirâmide de degraus de Dyoser, em Saqqara, de Esnofru, em Meidum e pela pirâmide romboidal de Dahshur, conduzem às pirâmides perfeitas de Gizé.
• Quantidade de trabalhadores: Calcula-se que a força de trabalho total na pirâmide foi de aproximadamente 4 mil homens entre pedreiros, carregadores e construtores.
• Tempo de construção: entre 23 e 30 anos.
Você sabia?
• A Grande Pirâmide de Gizé é a única das Sete Maravilhas do Mundo Antigo que ainda existe em nossos dias.
Comparação das pirâmides com outras edificações
• A altura original da Grande Pirâmide, que media 146 metros, reduziu-se em 9 metros devido à erosão.
• Foi o edifício mais alto do mundo, até a construção da Torre Eiffel em 1889.
• Os filmes de Hollywood alimentaram o mito de que foram os escravos que construíram as pirâmides. Na realidade o trabalho foi feito por camponeses, que receberam um salário do faraó.
• Desde a época dos gregos, esta construção é conhecida como a pirâmide de Quéops.
• Próximo à pirâmide de Quéops, foi encontrada a tumba de sua mãe, a rainha Heteferes, um dos poucos templos funerários que chegaram até nossos dias sem ser saqueados.
• Quando Tutankamon se transformou em faraó, a Grande Pirâmide já contava tinha 250 anos.
• A Grande Pirâmide é formada por 2.300.000 blocos de pedras individuais, cada um deles pesando cerca de 2,5 toneladas. A grande galeria mede 47 metros de comprimento e 8,48 metros de altura.
• Ao finalizar sua construção, a pirâmide pesava aproximadamente seis milhões de toneladas.
• A Grande Pirâmide está alinhada com os quatro pontos cardeais.
• Em 1798, antes da batalha das pirâmides de Gizé, Napoleão Bonaparte disse às suas tropas: “Soldados, do alto destas pirâmides, quarenta séculos de história nos contemplam”.
• Segundo o Papiro de Turim, a estrutura completa foi construída em aproximadamente 23 anos. Outras fontes indicam que a construção se desenvolveu durante 30 anos.
• Na área ocupada pela Grande Pirâmide caberiam oito campos de futebol. Para rodeá-la, é necessário caminhar quase um quilômetro e sua altura corresponde a um edifício de 40 andares.
http://discoverybrasil.uol.com.br/web/tutankamon/arte-e-arquitetura/piramide/
http://piramidal.net/2008/04/20/o-relampago-de-pochan/

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