domingo, 22 de junho de 2014

Nelson Mandela

Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918 — Joanesburgo, 5 de dezembro de 2013) foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993 e Pai da Pátria da moderna nação sul-africana. Foi um combatente na defesa dos direitos dos negros sul-africanos. Uniu-se aos líderes Walter Sisulu e Olivier Tambo e fundou a organização chamada Liga Jovem do NCA/ANC, com o partido nacional- africânder no poder, este, a favor das políticas segregacionistas.
Recebe o nome de Rolihlahla Dalibhunga Mandela (em Xhosa: [xoˈliːɬaɬa manˈdeːla]); seu primeiro nome significa, em xhosa, algo como “agitador” – o que pode ser considerado profético – já que a expressão quer dizer, no idioma natal zulu: “aquele que ergue o galho de uma árvore”.
Mvezo, local de nascimento de Mandela
Em 1925 passa a frequentar a escola primária existente na vila próxima de Qunu. É lá que recebe o nome “Nelson” , em homenagem ao Almirante Horatio Nelson, dado por sua professora chamada Mdingane, atendendo ao costume de dar nomes ingleses a todas as crianças que frequentavam a escola; esta consistia num único cômodo, com teto de zinco e chão de terra.
Em Joanesburgo, quando já não era mais tratado como um garoto da nobreza tribal e sim como mais um negro pobre do interior, que Mandela se conscientizou do abismo que separava brancos e negros no país. Foi este choque que provocou-lhe a reação de lutar contra o racismo. E o fez ingressando no Congresso Nacional Africano
Embora tenha feito parte da elaboração da Carta à Liberdade, documento que propunha políticas antiraciais, e adotasse uma postura pacifista, teve que recorrer à luta armada, quando a polícia sul-africana matou 69 negros numa revolta de manifestantes. Foi preso em 11/07/1963 depois de comandar o grupo armado da ANC,com a acusação de ter participado no fomento das greves e por ter viajado de forma ilegal para outros países.
Enviado para a prisão da Ilha Robben, Mandela ocupou a cela com número 466/64, que tinha as dimensões reduzidas de 2,5 por 2,1 metros, provida de uma pequena janela de 30 cm. Na prisão ficou privado das informações do mundo exterior, pois lá não eram permitidos jornais. Contudo, Mandela aprendeu a pensar a longo prazo, e procurou transmitir esta forma de raciocínio aos mais jovens, que cobravam dele respostas imediatistas às autoridades. Foi sentenciado à prisão perpétua em 1967.
Presídio da Ilha Robben
Durante seu cárcere, segundo testemunhou Ahmed Kathrada, Mandela só perdeu a calma em duas ocasiões, quando os guardas ofenderam a moral de Winnie. Ali resolveu que precisava aprender a língua e a cultura africâner, passando a estudar o idioma e a treiná-lo com os guardas.
Mandela poderia se livrar da prisão ainda em 1985, mas recusou por não aceitar a dissolução da luta armada, o que ele incentivava como forma de combate à discriminação racial.
Em 11 de fevereiro de 1990 Mandela finalmente é solto. Uma multidão o aclama, respondendo quando no gesto de luta ergue o punho fechado. Tem fim o longo cárcere, e ele iria depois registrar o momento: “Quando me vi no meio da multidão, alcei o punho direito e estalou um clamor. Não pude fazer isso desde há vinte e sete anos, e me invadiu uma sensação de alegria e de força.” Mandela já era personalidade importante,tendo ganho o prêmio Internacional Al-Gaadddafi de Direitos Humanos, em 1989.

Mandela e De Klerk recebendo o Nobel
Em 1993 ele e de Klerk são agraciados com o Prêmio Nobel da Paz. Em seu discurso assinalou: “O valor deste prêmio que dividimos será e deve ser medido pela alegre paz que triunfamos, porque a humanidade comum que une negros e brancos em uma só raça humana teria dito a cada um de nós que devemos viver como as crianças do paraíso”. Após a recepção da cerimônia de premiação, Nelson Mandela prestou homenagem a Frederik de Klerk citando que teve a coragem de admitir que um terrível mal tinha sido feito para o nosso país e nosso povo com a imposição do sistema apartheid.
Em 1994, foi eleito Presidente da República, na primeira eleição multirracial da história sul-africana, e ficou no poder até 1999.
Dando seguimento à proposta de proporcionar a transição para a democracia multirracial, o governo Mandela teve sua maior realização na criação da Comissão da Verdade e Reconciliação – encarregada de apurar, mas não punir, os fatos ocorridos durante o apartheid; também empenhou-se em assegurar à minoria branca um futuro no país.
Para simbolizar os novos tempos adota um novo hino nacional, que mescla o hino do CNA (Nkosi Sikolele Africa – Deus bendiga a África) com o africâner (Die Stein); também uma nova bandeira é criada, unindo os símbolos das duas instituições anteriores: a bandeira oficial dos brancos, em vigor desde 1928 passou a incorporar as cores da bandeira do CNA – plasmando assim a união de todos os povos da nova nação que surgia – aprovados pela nova Constituição interina.
Seu governo não foi isento de críticas. Mandela não conseguiu diminuir os índices de vítimas da Aids. Sua amizade com ditadores como Fidel Castro (Cuba) e Muammar al-Gaddafi (Líbia) também não foi bem vista por algumas autoridades.
Mandela foi premiado pela Anistia Internacional, em 2006, pela sua luta em favor dos direitos humanos.
Apresentação das novas notas de rand
Em fevereiro de 2012 o Banco Central da África do Sul anunciou, numa coletiva deimprensa capitaneada pelo presidente do país Jacob Zuma, e a diretora do Banco Gill Marcus, que a efígie de Mandela irá ilustrar todas as cédulas de Rand. Na data Zuma frisou: “Com este modesto gesto, queremos expressar nossa gratidão (…). Estas notas permitirão que nos recordemos do que conquistamos ao tentar alcançar uma sociedade mais próspera”.
No dia 5 de dezembro de 2013 o presidente sul-africano Jacob Zuma anunciou a morte do seu antecessor: “A nação perde seu maior líder”, completando: “Ainda que soubéssemos que esse dia iria chegar nada pode diminuir nosso sentimento de perda profunda”; declarando luto nacional e anunciando que o funeral deve ocorrer na capital, Joanesburgo, no sábado – dia 7 de dezembro, com as honras de Estado.
No anúncio presidencial, feito pela televisão, Zuma acentuou o papel de Mandela para seu país: “Ele está agora a descansar. Ele está agora em paz. A nossa nação perdeu o seu maior filho. O nosso povo perdeu um pai”.
Na página oficial de Mandela, na rede social Facebook, foi colocada uma mensagem sua de 1996, em várias línguas – inclusive o português, dizendo: “A morte é inevitável. Quando um homem fez o que considera seu dever para com seu povo e seu país, pode descansar em paz. Acredito ter feito esse esforço, e é por isso, então, que dormirei pela eternidade.” Como seu epitáfio, Mandela havia um dia declarado que gostaria de ter escrito somente: “Aqui jaz um homem que cumpriu o seu dever na Terra”.
Apêndice:
Em 1988 a banda Simple Minds escreveu Mandela day (para ver o clipe oficial clique no link) especificamente para a Freedomfest organizada por Peter Gabriel, evento criado com intenção de apontar os males do apartheid.
Em 18 de novembro de 2009 foi instituído o Dia internacional de Mandela (poster abaixo).
Poster do Dia Internacional de Nelson Mandela
Em 2009 foi lançado o filme Invictus, dirigido por Clint Eastwood que conta a história de como Mandela usou a seleção nacional de rugby para unir negros e brancos. Quem o representou no filme foi Morgan Freeman, amigo pessoal e escolhido por Mandela.
O nome do ex-presidente da África do Sul e líder antiapartheid Nelson Mandela, morto em 5 de dezembro, foi o termo mais buscado globalmente no Google em 2013, informou a companhia nesta terça-feira (17) em sua pesquisa anual “Zeitgeist” (espírito dos tempos, em tradução).
Algumas frases de Nelson Mandela:
- “Sonho com o dia em que todas as pessoas levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos.”
- “Uma boa cabeça e um bom coração formam uma formidável combinação.”
- “Não há caminho fácil para a Liberdade.”
- “A queda da opressão foi sancionada pela humanidade, e é a maior aspiração de cada homem livre.”
- “A luta é a minha vida. Continuarei a lutar pela liberdade até o fim de meus dias.”
- “A educação é a arma mais forte que você pode usar para mudar o mundo.”
Links:


Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Nelson_Mandela

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