quinta-feira, 26 de junho de 2014

Teoria dos astronautas antigos



Capa de uma das edições de Eram os deuses astronautas
A Teoria dos Astronautas antigos é uma Teoria usada para descrever a crença de que seres ou criaturas extraterrestres visitaram a Terra há milênios atrás, e que as civilizações do passado de alguma forma teriam interagido com o tal contato. A teoria afirma que, para essas civilizações, esses seres que desciam dos céus eram os deuses que de alguma forma teria recebido as preces dos filhos e que tal contato está relacionado com a origem ou desenvolvimento do Homem e da cultura humana. Esta teoria foi popularizada por autores como Erich von Däniken e Zecharia Sitchin. Muitas das provas apresentadas pelos defensores desta teoria são artefatos arqueológicos, monumentos megalíticos, lendas, mitos e histórias que são interpretados de acordo com a mesma. Essa Teoria pode ser considerada uma variação da Teoria do Paleocontato. Carl Sagan, I. S. Shklovskii e Hermann Oberth foram alguns dos cientistas de renome que consideraram seriamente esta possibilidade.
Muitos autores aproveitam as antigas mitologias para defenderem seus pontos-de-vista, baseando as suas teorias no princípio básico de que quase todos os antigos mitos da criação descrevem um deus ou deuses que teriam descido dos “céus” à Terra para criar o homem. Esses mitos detalham aventuras extraordinárias desses deuses que seriam na verdade tecnologias modernas, vistos a partir da perspectiva dos terrenos de mentes primitivas.

Vimana
Por exemplo, máquinas voadoras constantemente aparecem em textos antigos. Um exemplo clássico são os vimanas, máquinas voadoras encontradas na literatura da Índia em que as histórias vão desde fantásticas batalhas aéreas empregando armamento diverso, inclusive bombas, a leigos descrevendo simples informações técnicas, procedimentos de voo e voos da imaginação.
No Velho Testamento bíblico, Deus é descrito como tendo vários atributos que poderiam ser interpretados como sendo foguetes avançados ou outros veículos aéreos. Ele é descrito como tendo um “corpo” superior de metal (que também pode ser interpretado como um tipo de coroa), aparecendo numa coluna de fumaça e/ou fogo e soando como uma trompa. Estas descrições retratam o Deus dos antigos hebreus como não apenas tendo as características de uma máquina voadora, mas também bastante claramente descrevendo Deus como uma presença física, não uma abstração. Este Deus acompanha os hebreus e faz chover relâmpagos e pedras sobre Seus inimigos a partir de sua posição no céu. Contudo, poeticamente, as descrições de Deus também o apresentaram como tendo asas protetoras e braços alongados nos Salmos, características contrárias às teorias de quaisquer manifestações mecânicas da parte de Deus. Além disso, as características da Arca da Aliança e o Urim e Thummim tem sido identificados como sendo de tecnologia avançada, talvez de origem extraterrestre.
O "astronauta" desenhado em Nazca
Outros exemplos incluem as descrições bastante detalhadas no Livro de Ezequiel bíblico, o Livro de Enoque apócrifo, e incontáveis relatos antigos que vão da China ao Peru.

As provas materiais incluem a descoberta de antigos “aeromodelos” no Egito e América do Sul, que apresentam certa semelhança com aviões e planadores modernos. Provavelmente, os itens de provas circunstanciais mais famosos são as linhas de Nazca do Peru; enormes e incontáveis desenhos no solo que só podem ser vistos de grandes alturas. Mais embasamento a esta teoria vem do que se supõe serem discos voadores na arte medieval e renascentista. Objetos nas pinturas que não podem ser explicados com relevância à obra em questão são constantemente interpretados como discos
voadores. Isto auxilia na defesa da teoria dos astronautas antigos ao demonstrar que os criadores do homem podem retornar para acompanhar sua criação através do tempo. Outro embasamento artístico à teoria dos astronautas antigos são as pinturas de cavernas paleolíticas. Vondjina na Austrália e Val Camonica na Itália demonstram uma
Pintura rupestre em Val Camonica
semelhança com os astronautas atuais. Os defensores da teoria dos astronautas antigos afirmam que algumas semelhanças coincidentes tais como cabeças em forma de globo, ou seres usando capacetes espaciais, provam que o homem primitivo foi visitado por uma raça extraterrestre.

Fontes mais antigas, embora geralmente não mencionando astronautas antigos per se, sugerem que a criação de alguns monumentos estaria além das capacidades humanas, tais como a sugestão de Saxo Grammaticus de que gigantes criaram os imensos dolmens da Dinamarca, ou nas histórias em que Merlin montou Stonehenge através de magia.
Ruínas em Baalbek
As provas dos astronautas antigos frequentemente consistem de afirmações de que antigos monumentos, tais como as maiores pirâmides do Egito, ou Macchu Picchu no Peru, ou outras antigas ruínas megalíticas, tais como Baalbek no Líbano, não poderiam ter sido construídas sem o emprego de capacidades técnicas além das daqueles povos à época. Tais afirmações não são novidade na História. Raciocínio semelhante se encontra por trás do assombro das muralhas de construção ciclópica nas cidades micênicas aos olhos dos gregos na Idade das Trevas que se seguiu a elas, que acreditavam que os gigantes ciclopes tinham construído as muralhas. Candidatos típicos para as civilizações perdidas que ensinaram ou proporcionaram essas capacidades são os continentes perdidos de Atlântida, Lemúria e Mu.
Outro tema frequente que pode ser encontrado em muitas mitologias é uma pessoa que vem de muito longe como um deus, ou como o arquétipo de um “herói civilizador” que traz conhecimento à humanidade. Prometeu é o exemplo ocidental mais famoso. Na tradição americana nativa há diversos exemplos, incluindo Quetzalcoatl dos astecas e Viracocha dos incas.
Representação do Sistema Sirius
Nos textos teosóficos do século XIX e início do século XX podem ser encontrados muitos precursores das teorias dos astronautas antigos. A teosofia influenciou autores como H. P. Lovecraft e Charles Fort, e mesmo autores posteriores como Erich von Däniken.

Teotihuacan
Na década de 1940, dois antropólogos franceses descobriram um achado surpreendente enquanto estudavam a tribo dogon da África Ocidental. Eles descobriram que os dogon tinham conhecimento de que uma pequena estrela orbita outra, a bem conhecida estrela Sirius. Essa estrela menor, impossível de ser observada a olho nu, era desconhecida dos astrônomos ocidentais até 1862. Os antropólogos afirmaram que o conhecimento dos dogons precede a descoberta da estrela menor pelos ocidentais por centenas de anos. Esta teoria sofreu um revés quando pesquisas posteriores por outros antropólogos revelaram que apenas os poucos anciões da tribo mencionados pelos dois antropólogos originais tinham conhecimento da estrela, o que levou outros pesquisadores a crer que a pesquisa feita pelos dois antropólogos franceses fora manipulada.

Alguns mistérios ainda não explicados envolvem a relação entre monumentos na Terra e a Constelação de Órion. A cidade de Teotihuacan, no México (100 AC) e as aldeias Hope no sudoeste dos EUA lembram a constelação. E a disposição das estrelas no Cinturão de Órion em relação à Via
Láctea é a mesma das pirâmides em relação ao Nilo. Em Nazca, o desenho de uma aranha simboliza a mesma Constelação enquanto uma de suas patas possui um prolongamento, indicando a estrela Sirius.
Aldeias Hope x Constelação Sirius
A precisão da construção dos monumentos é impressionante. Há um alinhamento entre as pirâmides do Egito, o templo do oráculo em Delphos (Grécia) e fortalezas vikings construídas milhares de anos depois na Dinamarca.

Em Salem, New Hampshire no Nordeste dos EUA existem ruínas datadas de até 6530 anos atrás, conhecidas como Stonehenge na América. Uma linha ligando estas ruínas à Stonehenge (Inglaterra) e se prolongando, chega às ruínas de Baalbek no Líbano.


Alinhamento entre Ilha de Páscoa, Nazca, Pirâmides de Gizé, Mohejo-Daro e Angkor Wat


Ilha de Gavrinis
No noroeste da França, há uma ilha, conhecida como Ilha de Gavrinis. Nela jaz a tumba Gavrinis, construída em 3500 AC. Lá há espirais, machadinhas e sinais parecidos com impressões digitais esculpidas em pedras. Matemáticos perceberam mensagens ocultas em todos os desenhos. Percebeu-se um padrão na colocação das pedras. Foram utilizados 52 megálitos, dos quais 26
possuem símbolos rúnicos. Ao se multiplicar ou dividir o número de símbolos pelo número de rochas ou rochas importantes, descobriu-se o tamanho correto da circunferência da Terra, o número de dias em 1 ano e a constante matemática PI (razão entre a medida de um círculo e seu diâmetro) e a latitude e longitude exatas da ilha.
Latitude e longitude de Gavrinis
Todos estes exemplos mostram uma engenhosidade fora do comum para as épocas onde foram construídos. Qual seria a explicação? O mistério continua e será que algum dia chegaremos às respostas corretas?
Fontes:
The History Channel
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_dos_astronautas_antigos

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