As pirâmides do antigo Egito foram construídas para abrigar as
tumbas dos faraós, na crença de que a vida verdadeira começava depois da
morte.
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Cinturão de Órion |
As três grandes pirâmides da meseta de Gizé estão distribuídas sobre o
deserto de maneira idêntica, seguindo a disposição das três estrelas da
constelação de Órion, que era o equivalente celestial do deus Osíris.
Seu “cinturão” era o que os egípcios chamavam de Duat, uma espécie de
“portal” pela qual a alma do faraó deveria passar para chegar a Amenti, a
mais alta.
A Grande Pirâmide de Gizé é a única das Sete Maravilhas do Mundo
Antigo que ainda está de pé. Foi construída durante o período do Império
Antigo pelo faraó Quéops (Khufu, integrante da IV Dinastia – 2613 a
2498 a.C.) que, assim como seus antecessores, começou a planejar seu
“lar da eternidade” ao assumir seu mandato.O ângulo de inclinação dos
seus lados é de 54º54′. Sua base é um quadrado com 229 m de lado. Mas,
apesar desse tamanho todo, é um quadrado quase perfeito – o maior erro
entre o comprimento de cada lado não passa de 0,1%, algo em torno de 2
cm, o que é incrivelmente pequeno. A estrutura consiste em mais de 2
milhões de blocos de pedra, cada um pesando de duas a 20 toneladas. Se
você tomar o perímetro da pirâmide e dividi-lo por duas vezes a sua
altura, chegará ao número pi (3,14159…) até o décimo quinto dígito. As
chances de esse fenômeno ocorrer por acaso são quase nulas. Até o
século 6 d.C., o pi havia sido calculado só até o quarto dígito. A
Grande Pirâmide pode ser a mais velha estrutura na face do planeta, é a
mais corretamente orientada, com seus lados alinhados quase exatamente
para o norte, sul, leste e oeste. É um mistério como os antigos
egípcios conseguiram tamanha precisão sem utilizar uma bússola – assim
com é incrível que até agora ninguém tenha aparecido com uma explicação
para o enigma.
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Pirâmides do Egito |
Ao que parece, todas as construções na planície de Gizé estão
espetacularmente alinhadas. No solstício de verão, quando visto da
Esfinge, o Sol se põe exatamente no centro da Grande Pirâmide e de sua
vizinha, a pirâmide de Quéfren. No dia do solstício de inverno, visto
da entrada da Grande Pirâmide, o Sol nasce exatamente do lado esquerdo
da base da cabeça da Esfinge e passa toda a cabeça até se pôr ao lado
direito de sua base. A geometria das três pirâmides tem sido uma fonte
de confusão por muitos anos, por causa da maneira aparentemente
imperfeita com que foram alinhadas. É curioso, porque foram os egípcios
os inventores da geometria.
O lugar escolhido para a sua construção foi a margem esquerda do
Nilo, a 12 quilômetros do Cairo. Sobre esta margem, normalmente eram
construídos os cemitérios. Seus lados se orientam pelos quatro pontos
cardeais, com o reflexo das sombras acusando com exatidão milimétrica os
pontos essenciais do ano solar, fornecendo as datas precisas dos
equinócios de primavera e outono e dos solstícios de inverno e verão.
Apesar dos egípcios não contarem com instrumentos ópticos como a
bússola, eles faziam seus cálculos e medidas pelas estrelas. Sabiam que
tudo no céu noturno estava em constante movimento, com exceção de um
ponto escuro imóvel, que era reverenciado como eterno, a localização do
próprio “céu”. Ao redor deste ponto duas estrelas especialmente
brilhantes giravam em um círculo constante e, quando uma estava
diretamente sobre a outra, era possível traçar uma linha perpendicular
que atravessava o ponto escuro com total precisão. Estas estrelas que
hoje conhecemos como circumpolares eram chamadas pelos egípcios de
“indestrutíveis”.
Baseando-se nestas crenças e conhecimentos, Hemiunu (primo de Quéops e
principal arquiteto da Grande Pirâmide) desenvolveu o projeto como uma
“máquina de ressureição”. Na parede norte da Câmara do Rei existe uma
pequena abertura que funciona como telescópio até as “indestrutíveis”,
garantindo assim a viagem para a eternidade para o seu rei e para todos
os que colaboraram na construção da pirâmide.
Na Câmara do Rei
Abdullah Al Mamún subiu ao trono em 813 d.C., fomentou as artes e as ciências e transformou Bagdad no centro do saber acadêmico.
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Pirâmide de Quéops (ou Khufu) |
No interior de sua tumba existem dois canais: o “Ascendente” e o
“Descendente”. Este último, com 1,22 metro de altura e 1,05 metro de
largura, percorre 105,15 metros até o centro da pirâmide. No final do
túnel está a “Câmara do Caos”, mais de 35 metros abaixo do nível da
meseta. Acredita-se que originalmente foi projetada para abrigar o corpo
do faraó, e que planos posteriores fizeram com que a ideia fosse
abandonada.
O “Canal Ascendente”, de 1,05 metro de largura por 1,20 metro de
altura, termina na “Grande Galeria”, cerca de 23 metros de altura acima
da base da pirâmide. No início, encontra-se outra passagem de 38 metros
de percurso, chamado “Canal Horizontal”, que conduz até a “Câmara da
Rainha”.
A “Câmara da Rainha” é uma habitação completamente vazia, de 5,65
metros de comprimento por 5,23 metros de largura, com altura que varia
entre 4,17 metros e 6,30 metros. Sua localização é no centro do eixo
norte-sul da pirâmide.
No final da “Grande Galeria”, de 46,05 metros de comprimento, 2092
metros de largura e 8,70 metros de altura, há uma antecâmara chamada
“Câmara dos Rastelos”, com inúmeras ranhuras que na época serviram para
dar suporte a distintos mecanismos de proteção que impedissem a passagem
para a próxima Câmara do Rei.
Finalmente, encontramos a “Câmara do Rei”, construída inteiramente
com granito de Asuan. Suas dimensões são: 10,481 metros de comprimento;
5,235 metros de largura e 5,858 metros de altura. Os muros são formados
por cinco fileiras de pedra e o teto, por nove enormes pedras de granito
que pesam aproximadamente 400 toneladas. Na parte oeste da câmara
encontra-se um sarcófago de granito vermelho, sem tampa.
O relâmpago de Pochan
Petrie já havia observado que a face Sul da Grande Pirâmide
apresentava uma anomalia inexplicável, pois a linha demarcatória da base
tinha uma entrada de 94 cm no centro. Levando-se em conta que a linha
reta que constitui os outros lados não apresentava erros maiores que 3
mm, estes 94cm implicavam num propósito perfeitamente definido. Petrie,
entretanto, não pode encontrar a explicação desta aparente
irregularidade.
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Pirâmides no equinócio |
Coube a outro piramidólogo (A. Pochan) encontrar a explicação.
Trata-se de um fenômeno observável em nossos dias – apesar da atual
deterioração das faces da pirâmide – em todos os dias de equinócio ao
pôr do sol, quando uma metade da face Sul encontra-se iluminada e a
outra metade escura. Pochan apresenta em seu livro uma fotografia feita
pela Royal Air Force às 18 horas de um dia de equinócio, momento em que
este fenômeno torna-se claramente visível. Pochan qualifica esta
fotografia como “extraordinária”, e não é para menos, pois ela permite
que se observe hoje (5.000 anos depois) este sutil fenômeno que acontece
unicamente nos dias de equinócio – isto é, conforme os anos, em 21 de
setembro e 21 de março, quando o sol passa, no seu desvio anual, pelo
plano equatorial.
A análise do fenômeno – que tem a duração de 20 segundos – é
extremamente importante do ponto de vista da análise tecnológica da
goniometria piramidal, pois seria absurdo pensar que esta divisão do
plano piramidal pelo meio fosse devida a um acidente fortuito acontecido
durante a construção. Impõe-se aqui o propósito deliberado com a força
de sua própria naturalidade e mostra a notável capacidade de
levantamento goniométrico daqueles agrimensores, sempre que o ângulo
formado pelos dois planos mede 27′ de arco. Além da capacidade
construtiva que permite modelar, nesta ordem de medidas, uma superfície
de quase quatro hectares (superfície de triângulos laterais da Grande
Pirâmide), ressalta o fato de que o movimento do sol no equinócio
corresponde a 23′ de arco a cada 24 horas. Este notável ajuste angular
faz com que o fenômeno possa ser observado unicamente nos dias de
equinócio – que foi o efeito buscado deliberadamente e com precisão
pelos seus criadores.
Os povos antigos (gregos, romanos, orientais, americanos) mediam a
duração do ano observando o momento em que a sombra de um pilar
retrocedia no solstício. Plínio conta, a esse respeito, que Otávio
Augusto utilizava para este fim o obelisco do Campo de Marte. Mas nem o
matemático Manilio, que desenvolveu o dispositivo de Augusto, nem um
astrônomo sequer do mundo antigo podia medir a duração do ano através da
observação da sombra do equinócio. A Grande Pirâmide sempre ofereceu
esta possibilidade; e é de se notar que, nos tempos em que seu magnífico
revestimento de mármore amarelo encontrava-se intacto, devia ser um
espetáculo impressionante observar, no por do sol do equinócio, sua face
Sul dividida em duas metades: uma com um dourado brilhante e a outra já
imersa nas sombras da noite. Assim mesmo, deve-se observar a ausência
de referências a respeito desta peculiaridade tão notável nos textos dos
cronistas antigos.
A análise do fenômeno permite, também, a observação de que o
movimento dos continentes e as anomalias geodésicas produzidas nos
últimos cinco mil anos não o afetaram. Pelo que podemos deduzir de
análises já mencionadas, o deslocamento do continente africano em dois
mil metros com relação ao paralelo 30 N, sua movimentação de 5’31” de
Leste para Oeste e a inclinação da meseta de Gizé em 8′ com relação à
horizontal atual são as irregularidades geodésicas detectáveis
produzidas desde a data da construção do monumento. Entretanto, toda
esta distorção geodésica é insuficiente para modificar a reprodução de
dois em dois anos. A anomalia mais importante – a movimentação de 5’31” –
foi, por outro lado, absorvida pelo excesso de 4′ na curvatura dos
planos da face Sul.
O relâmpago de Pochan é uma prova conclusiva dos conhecimentos
goniométricos e astronômicos dos antigos construtores, assim como das
intenções científicas vinculadas à construção do monumento. Referindo-se
a isto Pochan disse: “Como vemos, o conhecimento astronômico dos
antigos egípcios era bastante superior ao que lhes é atribuído pelos
arqueólogos modernos”.
Algumas Curiosidades
• Nome antigo: Horizonte de Jnum-Jufuy
• Nome Moderno: Grande Pirâmide de Gizé
• Faraó: Jnum-Jufuy (Khufu, Keops, Queope – IV Dinastia)
• Arquiteto: Hemiunu (primo do faraó)
• Volume: 2.592.968 metros cúbicos
• Localização geográfica: Egito, sobre a meseta de Guizé, a 12 quilômetros da cidade do Cairo.
• Superfície: A grande plataforma onde foi construído o conjunto
monumental mede 1500 metros de norte a sul, por 2000 metros de leste a
oeste.
• Altitude: 40 metros acima do Vale de Gizé.
• Localização: As três pirâmides estão dispostas por ordem de tamanho e
antiguidade, seguindo um eixo que vai do noroeste ao sudeste.
• Evolução arquitetônica: Sua forma seguiu uma clara evolução, cujo
ponto de partida são as mastabas. As etapas intermediárias representadas
pela pirâmide de degraus de Dyoser, em Saqqara, de Esnofru, em Meidum e
pela pirâmide romboidal de Dahshur, conduzem às pirâmides perfeitas de
Gizé.
• Quantidade de trabalhadores: Calcula-se que a força de trabalho total
na pirâmide foi de aproximadamente 4 mil homens entre pedreiros,
carregadores e construtores.
• Tempo de construção: entre 23 e 30 anos.
Você sabia?
• A Grande Pirâmide de Gizé é a única das Sete Maravilhas do Mundo Antigo que ainda existe em nossos dias.
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Comparação das pirâmides com outras edificações |
• A altura original da Grande Pirâmide, que media 146 metros, reduziu-se em 9 metros devido à erosão.
• Foi o edifício mais alto do mundo, até a construção da Torre Eiffel em 1889.
• Os filmes de Hollywood alimentaram o mito de que foram os escravos que
construíram as pirâmides. Na realidade o trabalho foi feito por
camponeses, que receberam um salário do faraó.
• Desde a época dos gregos, esta construção é conhecida como a pirâmide de Quéops.
• Próximo à pirâmide de Quéops, foi encontrada a tumba de sua mãe, a
rainha Heteferes, um dos poucos templos funerários que chegaram até
nossos dias sem ser saqueados.
• Quando Tutankamon se transformou em faraó, a Grande Pirâmide já contava tinha 250 anos.
• A Grande Pirâmide é formada por 2.300.000 blocos de pedras
individuais, cada um deles pesando cerca de 2,5 toneladas. A grande
galeria mede 47 metros de comprimento e 8,48 metros de altura.
• Ao finalizar sua construção, a pirâmide pesava aproximadamente seis milhões de toneladas.
• A Grande Pirâmide está alinhada com os quatro pontos cardeais.
• Em 1798, antes da batalha das pirâmides de Gizé, Napoleão Bonaparte
disse às suas tropas: “Soldados, do alto destas pirâmides, quarenta
séculos de história nos contemplam”.
• Segundo o Papiro de Turim, a estrutura completa foi construída em
aproximadamente 23 anos. Outras fontes indicam que a construção se
desenvolveu durante 30 anos.
• Na área ocupada pela Grande Pirâmide caberiam oito campos de futebol.
Para rodeá-la, é necessário caminhar quase um quilômetro e sua altura
corresponde a um edifício de 40 andares.
http://discoverybrasil.uol.com.br/web/tutankamon/arte-e-arquitetura/piramide/
http://piramidal.net/2008/04/20/o-relampago-de-pochan/