terça-feira, 30 de setembro de 2014

Extraterrestres, onde eles estão e como a ciência tenta encontrá-los.

Salvador Nogueira
Salvador Nogueira é colaborador da Superinteressante e da Folha de São Paulo, onde escreve o blog Mensageiro Sideral (também disponível pelo UOL).
O autor é um dos (maiores) divulgadores da Astronomia no nosso país e este já é seu oitavo livro. Outros livros de sua autoria são: Rumo ao infinito (Globo, 2005), Conexão Wright Santos-Dumont (Record, 2006), Almanaque Jornada nas Estrelas (Aleph, 2009 - com Susana Alexandria), 1910: o primeiro voo do Brasil (Aleph, 2010 - com Susana Alexandria) e um livro em dois volumes sobre astronomia e astronáutica para a Agência Espacial Brasileira e para o Ministério da Educação.
Neste livro, Salvador Nogueira não tem receio em comentar temas polêmicos, como avistamentos e a teoria dos astronautas antigos, nem em apresentar as teorias mais complexas da ciência sobre o assunto "extraterrestre". Muito importante salientar, a linguagem utilizada é de fácil compreensão, mesmo por pessoas que não estão acostumadas ao tema (que diga-se de passagem, que é fascinante). Dos tempos anteriores à civilização ao futuro distante, passando pelos grandes descobrimentos, renascença e projeto SETI, tudo é analisado, teorizado e comprovado (ou não).
Estima-se que existam milhares, talvez milhões ou bilhões de planetas no universo que possam ter
O livro
vida. Ao que tudo indica, não estamos sós no universo. Então porque não os encontramos? Será que estiveram aqui em tempos antigos? Se estiveram, porque sumiram?
Analisando dados científicos, observações astronômicas e citando relatos antigos, ficamos com esperança de que não estamos sozinhos. Especulações e cálculos matemáticos nos mostram que a vida pode ser abundante, mas até agora não obtivemos sucesso em contatar nossos vizinhos cósmicos. É possível que exista vida em outros objetos do Sistema Solar, mas nada de homenzinhos verdes ... muito provavelmente são seres unicelulares. E quem sabe estes seres não vieram para cá, carregados em alguma pedra e iniciaram a vida em nosso planetinha azul? Ou talvez, nós iremos encaminhar seres unicelulares universo afora, até para que transformem outros planetas e deixem habitáveis para nós. Seria a panspermia ao contrário ...
Sinal WOW!
Poderemos visitar outros planetas? A física diz que é muito difícil, quase impossível visitar planetas fora do Sistema Solar, mas quem sabe alcançaremos um nível tecnológico que nos permita alguma saída e consequente exploração do universo. Hoje temos algumas naves que saíram ou estão saindo do nosso cantinho, em busca da imensidão universal. Quem sabe não as reencontraremos no futuro?
E nosso DNA, será que foi alterado em algum momento por alguma inteligência superior? Teorias dizem que sim,  alguns cientistas dizem que os segredos do Universo estão em nossos genes ... será?
Localização aproximada do Sistema Solar na Via Láctea
A maior aventura da espécie humana está no começo. Não sabemos até onde podemos chegar ou em quanto tempo conseguiremos uma resposta. Depois do famoso "sinal WOW" algumas suspeitas apareceram, mas nada que seja conclusivo. Tudo indica que este pode ser um dos caminhos prováveis para um contato, mas outros estão sendo testados ou teorizados. Resta saber se povos extraterrestres também tentarão algum destes caminhos. Em alguma estrela próxima, que brilha para nós à noite, pode haver alguém em um planeta, curioso o suficiente para observar um pequeno ponto amarelo no espaço e imaginar se há alguém ali perto, curioso o suficiente para se fazer as mesmas perguntas ...
Livro nota 9!! Extremamente recomendável!!!!!!














Fonte:
http://www.portaldosjornalistas.com.br/perfil.aspx?id=12652

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Depressão

A partir de hoje (22/09/2014) o Jornal da Band (19:20h) exibe uma série de reportagens sobre "depressão". Para quem acha que é besteira, saiba que o assunto é sério. Apenas quem sofreu uma perda (ou quase perda) sabe o que a depressão significa.
Em 2013 passei por uma tentativa de suicídio por parte da minha esposa e no 1o semestre desse ano pensei em me matar também, mas descobri que para cometer suicídio você precisa ser muito forte (e não fraco como diz o senso comum).
Prestem atenção em seus amigos, em seus familiares. Não tenham vergonha em oferecer ajuda e conversar. O silêncio e a tristeza podem ser indícios de um problema muito sério. Prestem atenção nas pessoas próximas e talvez vocês se surpreendam, além de salvar uma ou mais vidas.
A depressão é uma doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos.
Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais, muitas vezes, são consequência e não causa da depressão. Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. A prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresenta o problema em algum momento da vida.

A diferença entre tristeza e depressão
A tristeza é um fenômeno de causas externas. A morte de uma pessoa querida, o fim de um namoro são exemplos de eventos que podem deixar alguém triste. Para a psicanalista Teresa Pinheiro as pessoas que passaram por algum acontecimento ruim, tentam entender e dar algum sentido ao ocorrido. “Existe, nessa situação, uma narrativa, uma causa e a pessoa tenta dar sentido ao que, em um primeiro momento, não faz”, explica. Mesmo que a tristeza aconteça em consequência de um fato, isso não significa que ela irá passar mais rápido do que uma depressão, por exemplo. Ao tentar entender a situação pela qual passa, a pessoa triste não se afasta do resto do mundo. Muitas vezes pede ajuda para superar o ocorrido.
Ao contrário da tristeza, a depressão é um fenômeno interno e não precisa de um acontecimento para disparar este sintoma. A pessoa fica apática, não sente vontade de fazer nada e não entende o por quê. Dificuldade de concentração, cansaço sem explicação, alterações no sono e no apetite são alguns dos sintomas da depressão. “Pessoas muito irritadas, com mau humor permanente têm mais chances de terem depressão”, explica. Mas ela não sabe por que está apática ou irritada. Ela não consegue nomear o que está sentindo e nem dar sentido aquilo. “Muitos chegam no consultório e não entendem por que estão mal já que a vida está ótima”, diz Teresa. Ao contrário do triste, o deprimido se distancia das pessoas queridas. Fica desanimado, aparentemente sem motivo. A depressão possui 8 sintomas a saber:
  • Alteração de humor
O principal sintoma da depressão é o humor deprimido, que pode envolver sentimentos como tristeza, indiferença e desânimo. Todos esses sentimentos são naturais do ser humano e nem sempre são sinônimo de depressão, mas, se somados a outros sintomas da doença e persistirem na maior parte do dia por ao menos duas semanas, podem configurar um quadro de depressão clínica. “O humor deprimido faz com que a pessoa passe a enxergar o mundo e a si mesma de forma negativa e infeliz. Mesmo se acontece algo de bom em sua vida, ela vai dar mais atenção ao aspecto ruim do evento. Com isso, o paciente tende a se sentir incapaz e sua autoestima diminui”, diz o psiquiatra Rodrigo Leite, do Instituto de Psiquiatria da USP.
  • Desinteresse por coisas prazerosas
Perder o interesse por atividades que antes eram prazerosas é outro sintoma importante da depressão. O desinteresse pode acontecer em diferentes aspectos da vida do indivíduo, como no âmbito familiar, profissional e sexual, além de atividades de lazer, por exemplo. “O paciente também pode abrir mão de projetos por achar que eles já não valem mais o esforço, deixar de conquistar novos objetivos ou de aproveitar oportunidades que podem surgir em sua vida”, diz o psiquiatra Rodrigo Leite.
  • Problemas relacionados ao sono
Pessoas com depressão podem passar a dormir durante mais ou menos tempo do que o de costume. É comum que apresentem problemas como acordar no meio da noite e ter dificuldade para voltar a dormir ou sonolência excessiva durante a noite ou o dia.
  • Mudanças no apetite
Pessoas com depressão podem apresentar uma perda ou aumento do apetite — passando a consumir muito açúcar ou carboidrato, por exemplo. Segundo o psiquiatra Rodrigo Leite, não está claro o motivo pelo qual isso acontece, mas sabe-se que, somado a outros sintomas da doença, a alteração do apetite que persiste por no mínimo duas semanas aumenta as chances de um paciente ser diagnosticado com depressão.
  • Perda ou ganho de peso
Mudanças significativas de peso podem ser uma consequência da alteração do apetite provocada pela depressão — por isso, são consideradas como um dos sintomas da doença.
  • Falta de concentração
Em muitos casos, a depressão também pode prejudicar a capacidade de concentração, raciocínio e tomada de decisões. Com isso, o indivíduo perde o rendimento no trabalho ou nos estudos. Segundo a psiquiatra Mara Maranhão, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a depressão pode impedir que o paciente trabalhe ou estude, ou então faz com que ele precise se esforçar muito para conseguir concluir determinada atividade.
  • Cansaço
Diminuição de energia, cansaço frequente e fadiga são comuns em pessoas com depressão, mesmo quando elas não realizaram esforço físico. "O indivíduo pode queixar-se, por exemplo, de que se lavar e se vestir pela manhã é algo exaustivo e pode levar o dobro do tempo habitual", segundo o capítulo sobre depressão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), feito pela Associação Americana de Psiquiatria.
  • Pensamentos recorrentes sobre morte
Em casos mais graves, pessoas com depressão podem apresentar pensamentos recorrentes sobre morte, ideias suicidas ou até tentativas de suicídio. A frequência e intensidade dessas ideias podem mudar de acordo com cada paciente. "As motivações para o suicídio podem incluir desejo de desistir diante de um obstáculo tido como insuperável ou intenso desejo de acabar com um estado emocional muito doloroso", de acordo com o DSM-5.


No Brasil
O suicídio representa a terceira principal causa de morte de pessoas em plena vida produtiva. As consequências atingem também a família. Pesquisas mostram que cada morte afeta – profundamente e por tempo prolongado – pelo menos cinco pessoas. As estatísticas revelam a extensão de um problema que merece a nossa reflexão. Nos últimos 40 anos, as taxas de mortalidade mundial por suicídio subiram cerca de 60%. Nada menos do que um milhão de pessoas morrem por ano por essa causa – uma morte a cada 40 segundos, praticamente todas elas em consequência de depressão ou de algum transtorno mental. Mas há formas de enfrentar a depressão. Vamos a elas:

1. Estabeleça uma rotina
Se você está deprimido, precisa de uma rotina. É o que diz Ian Cook, psiquiatra e diretor do Programa de Pesquisa e Clínica de Depressão da UCLA (Universidade da Califórnia – EUA). A depressão pode fazer a estrutura da sua vida desmoronar, fazendo um dia se fundir com o outro e deixando você totalmente sem rumo. Definir uma agenda diária, com horários e atividades, pode ajudar a colocar as coisas de volta nos trilhos.

2. Pratique exercícios físicos regularmente
Nós já falamos aqui sobre várias situações em que um mínimo de exercícios físicos pode fazer uma grande diferença. Desde ter resultados mais satisfatórios em uma determinada prova à dormir melhor e entrar em forma. E esse é mais um contexto onde esse hábito só tem a colaborar com você.
A prática regular de exercícios aumenta a quantidade de endorfinas no corpo, que são responsáveis por uma sensação de bem-estar reconfortante. Também segundo Ian Cook, a longo prazo, a prática de exercícios físicos regulares parece encorajar o cérebro a se religar de maneira positiva. E não é preciso correr maratonas inteiras para se beneficiar com tudo isso. Caminhadas algumas vezes por semana já são suficientes!

3. Tenha uma alimentação saudável
Não há uma dieta milagrosa para curar depressão, mas ficar de olho no que você come pode ser uma boa ideia. Se a depressão tende a fazer você comer demais, ficar no controle da sua alimentação vai fazer você se sentir melhor e mais confiante automaticamente. Segundo o psiquiátrica americano Cook, há evidências de que alimentos com ômega-3, ácidos graxos – como salmão e atum – e ácido fólico – como espinafre e abacate – podem ajudar a aliviar a depressão.

4. Assuma responsabilidades
Quando você está deprimido, a única coisa que você sente vontade de fazer é se afastar da sua própria vida e abandonar todas as suas responsabilidades – tanto em casa quanto no trabalho. Se esforce para que isso não aconteça. Ficar envolvido com algum projeto e ter responsabilidades diárias ajudam, e muito, pois contribuem para um sentimento insubstituível de autorrealização. Se você não consegue trabalhar o dia inteiro, pense em meio período. Se essa ideia também parece intolerável, considere um trabalho voluntário.

5. Desafie pensamentos negativos
O trabalho mental é uma parte significativa e fundamental na luta contra a depressão. Por isso é preciso mudar o jeito que você pensa. Porque quando se está deprimido, seus pensamentos sempre são os piores possíveis, em relação a tudo. E isso é como um bola de neve. Você começa a se sentir péssimo em relação a você mesmo e a tudo que está a sua volta. Por isso, uma boa ideia é usar a lógica como tratamento natural para curar depressão. Você pode se sentir como se ninguém gostasse de você, mas existe alguma evidência real para achar isso? É preciso prática para pensar assim, mas com o tempo se torna algo natural, e você começa a domar pensamentos negativos antes que eles saiam de controle.

E então? Sabendo as causas, os sintomas e os meios para enfrentar essa doença, podemos ajudar as pessoas que amamos. Então vamos fazer nossa parte, basta paciência e empatia.



Fontes:

domingo, 27 de julho de 2014

Guia politicamente incorreto da história do mundo

Há um bom tempo não faço uma resenha de algum livro que tenha lido (para ser exato, desde 25/03/2012). Durante este período li alguns livros, mas o desânimo e a depressão me impediram de vir aqui postar sobre eles.
"O Guia politicamente incorreto do mundo" é mais um livro da coleção "O Guia politicamente incorreto". Lançado em 2013, foi precedido por "O guia politicamente incorreto da História do Brasil" (2009), "O Guia politicamente incorreto da América Latina" (2011) e "O Guia politicamente incorreto da Filosofia" (2012). Posteriormente foi lançado "O Guia politicamente incorreto do Futebol" (2014).
Leandro Narloch e sua obra
O objetivo no momento é falar sobre o livro de 2013. Aqui, diversos mitos e fatos ensinados em nossa vida escolar (e aos mais interessados, fora da escola também) são destruídos. Sim, destruídos, mas isto é muito bom. Crescemos ouvindo histórias que aqui se provam serem "lorotas". Exemplos:
  • manuais de medicina da época diziam que o prazer sexual era essencial à saúde das mulheres;
  • lembra aquela história de que as guerras e a miséria na África são consequência das fronteiras artificiais criadas pelos europeus? Há quase 30 anos historiadores e economistas africanos deixaram de acreditar nela;
  • Milhares de crianças foram exploradas nas fábricas inglesas do século 19? Está certo, mas é interessante lembrar que a revolução industrial, pela primeira vez, tornou o trabalho infantil desnecessário.
Estes são alguns exemplos. Do Império Romano ao Comunismo, de Galileu à Gandhi, muito do que nos foi ensinado foi deliberadamente alterado. Nem tudo que aprendemos ser ruim, realmente foi ruim. O mesmo vale para o lado bom.
Gandhi, um arquiteto alemão, vaselina e algodão? Sim, mencionado no livro. Madre Teresa de Calcutá, sendo uma "menina má"? Sim, também. Há muita diferença entre nazismo e comunismo? Muito menos do que se pensa e ensina.
Personalidades citadas no livro
Leandro Narloch põe o dedo na ferida, expõe a verdade com muita pesquisa. Com certeza em algum momento você pode ficar espantado (a) com o que lê. Acredite ou não, todos fomos enganados na escola (intencionalmente ou não), isso é fato. E há inúmeras referências bibliográficas para comprovar.
Se você tem medo de saber as verdades da História ou de personalidades históricas, não leia. Se é curioso e tem a mente aberta à descobertas, este livro é para você. Aguça seu senso crítico, alimenta sua curiosidade, faz você pesquisar fatos e versões.
"O Guia politicamente incorreto da História do Mundo" possui 320 páginas (algumas com destaque) e foi publicado pela editora Leya Brasil. Merece nota 9!

sábado, 12 de julho de 2014

Pirâmides do Egito




As pirâmides do antigo Egito foram construídas para abrigar as tumbas dos faraós, na crença de que a vida verdadeira começava depois da morte.
Cinturão de Órion

As três grandes pirâmides da meseta de Gizé estão distribuídas sobre o deserto de maneira idêntica, seguindo a disposição das três estrelas da constelação de Órion, que era o equivalente celestial do deus Osíris. Seu “cinturão” era o que os egípcios chamavam de Duat, uma espécie de “portal” pela qual a alma do faraó deveria passar para chegar a Amenti, a mais alta.

A Grande Pirâmide de Gizé é a única das Sete Maravilhas do Mundo Antigo que ainda está de pé. Foi construída durante o período do Império Antigo pelo faraó Quéops (Khufu, integrante da IV Dinastia – 2613 a 2498 a.C.) que, assim como seus antecessores, começou a planejar seu “lar da eternidade” ao assumir seu mandato.O ângulo de inclinação dos seus lados é de 54º54′. Sua base é um quadrado com 229 m de lado.  Mas, apesar desse tamanho todo, é um quadrado quase perfeito – o maior erro entre o comprimento de cada lado não passa de 0,1%, algo em torno de 2 cm, o que é incrivelmente pequeno.  A estrutura consiste em mais de 2 milhões de blocos de pedra, cada um pesando de duas a 20 toneladas. Se você tomar o perímetro da pirâmide e dividi-lo por duas vezes a sua altura, chegará ao número pi (3,14159…) até o décimo quinto dígito.  As chances de esse fenômeno ocorrer por acaso são quase nulas.  Até o século 6 d.C., o pi havia sido calculado só até o quarto dígito. A Grande Pirâmide pode ser a mais velha estrutura na face do planeta, é a mais corretamente orientada, com seus lados alinhados quase exatamente para o norte, sul, leste e oeste.  É um mistério como os antigos egípcios conseguiram tamanha precisão sem utilizar uma bússola – assim com é incrível que até agora ninguém tenha aparecido com uma explicação para o enigma.
Pirâmides do Egito
Ao que parece, todas as construções na planície de Gizé estão espetacularmente alinhadas.  No solstício de verão, quando visto da Esfinge, o Sol se põe exatamente no centro da Grande Pirâmide e de sua vizinha, a pirâmide de Quéfren.  No dia do solstício de inverno, visto da entrada da Grande Pirâmide, o Sol nasce exatamente do lado esquerdo da base da cabeça da Esfinge e passa toda a cabeça até se pôr ao lado direito de sua base.  A geometria das três pirâmides tem sido uma fonte de confusão por muitos anos, por causa da maneira aparentemente imperfeita com que foram alinhadas.  É curioso, porque foram os egípcios os inventores da geometria.
O lugar escolhido para a sua construção foi a margem esquerda do Nilo, a 12 quilômetros do Cairo. Sobre esta margem, normalmente eram construídos os cemitérios. Seus lados se orientam pelos quatro pontos cardeais, com o reflexo das sombras acusando com exatidão milimétrica os pontos essenciais do ano solar, fornecendo as datas precisas dos equinócios de primavera e outono e dos solstícios de inverno e verão.
Apesar dos egípcios não contarem com instrumentos ópticos como a bússola, eles faziam seus cálculos e medidas pelas estrelas. Sabiam que tudo no céu noturno estava em constante movimento, com exceção de um ponto escuro imóvel, que era reverenciado como eterno, a localização do próprio “céu”. Ao redor deste ponto duas estrelas especialmente brilhantes giravam em um círculo constante e, quando uma estava diretamente sobre a outra, era possível traçar uma linha perpendicular que atravessava o ponto escuro com total precisão. Estas estrelas que hoje conhecemos como circumpolares eram chamadas pelos egípcios de “indestrutíveis”.
Baseando-se nestas crenças e conhecimentos, Hemiunu (primo de Quéops e principal arquiteto da Grande Pirâmide) desenvolveu o projeto como uma “máquina de ressureição”. Na parede norte da Câmara do Rei existe uma pequena abertura que funciona como telescópio até as “indestrutíveis”, garantindo assim a viagem para a eternidade para o seu rei e para todos os que colaboraram na construção da pirâmide.
Na Câmara do Rei
Abdullah Al Mamún subiu ao trono em 813 d.C., fomentou as artes e as ciências e transformou Bagdad no centro do saber acadêmico.
Pirâmide de Quéops (ou Khufu)
No interior de sua tumba existem dois canais: o “Ascendente” e o “Descendente”. Este último, com 1,22 metro de altura e 1,05 metro de largura, percorre 105,15 metros até o centro da pirâmide. No final do túnel está a “Câmara do Caos”, mais de 35 metros abaixo do nível da meseta. Acredita-se que originalmente foi projetada para abrigar o corpo do faraó, e que planos posteriores fizeram com que a ideia fosse abandonada.
O “Canal Ascendente”, de 1,05 metro de largura por 1,20 metro de altura, termina na “Grande Galeria”, cerca de 23 metros de altura acima da base da pirâmide. No início, encontra-se outra passagem de 38 metros de percurso, chamado “Canal Horizontal”, que conduz até a “Câmara da Rainha”.
A “Câmara da Rainha” é uma habitação completamente vazia, de 5,65 metros de comprimento por 5,23 metros de largura, com altura que varia entre 4,17 metros e 6,30 metros. Sua localização é no centro do eixo norte-sul da pirâmide.
No final da “Grande Galeria”, de 46,05 metros de comprimento, 2092 metros de largura e 8,70 metros de altura, há uma antecâmara chamada “Câmara dos Rastelos”, com inúmeras ranhuras que na época serviram para dar suporte a distintos mecanismos de proteção que impedissem a passagem para a próxima Câmara do Rei.
Finalmente, encontramos a “Câmara do Rei”, construída inteiramente com granito de Asuan. Suas dimensões são: 10,481 metros de comprimento; 5,235 metros de largura e 5,858 metros de altura. Os muros são formados por cinco fileiras de pedra e o teto, por nove enormes pedras de granito que pesam aproximadamente 400 toneladas. Na parte oeste da câmara encontra-se um sarcófago de granito vermelho, sem tampa.
O relâmpago de Pochan
Petrie já havia observado que a face Sul da Grande Pirâmide apresentava uma anomalia inexplicável, pois a linha demarcatória da base tinha uma entrada de 94 cm no centro. Levando-se em conta que a linha reta que constitui os outros lados não apresentava erros maiores que 3 mm, estes 94cm implicavam num propósito perfeitamente definido. Petrie, entretanto, não pode encontrar a explicação desta aparente irregularidade.

Pirâmides no equinócio
Coube a outro piramidólogo (A. Pochan) encontrar a explicação. Trata-se de um fenômeno observável em nossos dias – apesar da atual deterioração das faces da pirâmide – em todos os dias de equinócio ao pôr do sol, quando uma metade da face Sul encontra-se iluminada e a outra metade escura. Pochan apresenta em seu livro uma fotografia feita pela Royal Air Force às 18 horas de um dia de equinócio, momento em que este fenômeno torna-se claramente visível. Pochan qualifica esta fotografia como “extraordinária”, e não é para menos, pois ela permite que se observe hoje (5.000 anos depois) este sutil fenômeno que acontece unicamente nos dias de equinócio – isto é, conforme os anos, em 21 de setembro e 21 de março, quando o sol passa, no seu desvio anual, pelo plano equatorial.
A análise do fenômeno – que tem a duração de 20 segundos – é extremamente importante do ponto de vista da análise tecnológica da goniometria piramidal, pois seria absurdo pensar que esta divisão do plano piramidal pelo meio fosse devida a um acidente fortuito acontecido durante a construção. Impõe-se aqui o propósito deliberado com a força de sua própria naturalidade e mostra a notável capacidade de levantamento goniométrico daqueles agrimensores, sempre que o ângulo formado pelos dois planos mede 27′ de arco. Além da capacidade construtiva que permite modelar, nesta ordem de medidas, uma superfície de quase quatro hectares (superfície de triângulos laterais da Grande Pirâmide), ressalta o fato de que o movimento do sol no equinócio corresponde a 23′ de arco a cada 24 horas. Este notável ajuste angular faz com que o fenômeno possa ser observado unicamente nos dias de equinócio – que foi o efeito buscado deliberadamente e com precisão pelos seus criadores.
Os povos antigos (gregos, romanos, orientais, americanos) mediam a duração do ano observando o momento em que a sombra de um pilar retrocedia no solstício. Plínio conta, a esse respeito, que Otávio Augusto utilizava para este fim o obelisco do Campo de Marte. Mas nem o matemático Manilio, que desenvolveu o dispositivo de Augusto, nem um astrônomo sequer do mundo antigo podia medir a duração do ano através da observação da sombra do equinócio. A Grande Pirâmide sempre ofereceu esta possibilidade; e é de se notar que, nos tempos em que seu magnífico revestimento de mármore amarelo encontrava-se intacto, devia ser um espetáculo impressionante observar, no por do sol do equinócio, sua face Sul dividida em duas metades: uma com um dourado brilhante e a outra já imersa nas sombras da noite. Assim mesmo, deve-se observar a ausência de referências a respeito desta peculiaridade tão notável nos textos dos cronistas antigos.
A análise do fenômeno permite, também, a observação de que o movimento dos continentes e as anomalias geodésicas produzidas nos últimos cinco mil anos não o afetaram. Pelo que podemos deduzir de análises já mencionadas, o deslocamento do continente africano em dois mil metros com relação ao paralelo 30 N, sua movimentação de 5’31” de Leste para Oeste e a inclinação da meseta de Gizé em 8′ com relação à horizontal atual são as irregularidades geodésicas detectáveis produzidas desde a data da construção do monumento. Entretanto, toda esta distorção geodésica é insuficiente para modificar a reprodução de dois em dois anos. A anomalia mais importante – a movimentação de 5’31” – foi, por outro lado, absorvida pelo excesso de 4′ na curvatura dos planos da face Sul.
O relâmpago de Pochan é uma prova conclusiva dos conhecimentos goniométricos e astronômicos dos antigos construtores, assim como das intenções científicas vinculadas à construção do monumento. Referindo-se a isto Pochan disse: “Como vemos, o conhecimento astronômico dos antigos egípcios era bastante superior ao que lhes é atribuído pelos arqueólogos modernos”.
Algumas Curiosidades
• Nome antigo: Horizonte de Jnum-Jufuy
• Nome Moderno: Grande Pirâmide de Gizé
• Faraó: Jnum-Jufuy (Khufu, Keops, Queope – IV Dinastia)
• Arquiteto: Hemiunu (primo do faraó)
• Volume: 2.592.968 metros cúbicos
• Localização geográfica: Egito, sobre a meseta de Guizé, a 12 quilômetros da cidade do Cairo.
• Superfície: A grande plataforma onde foi construído o conjunto monumental mede 1500 metros de norte a sul, por 2000 metros de leste a oeste.
• Altitude: 40 metros acima do Vale de Gizé.
• Localização: As três pirâmides estão dispostas por ordem de tamanho e antiguidade, seguindo um eixo que vai do noroeste ao sudeste.
• Evolução arquitetônica: Sua forma seguiu uma clara evolução, cujo ponto de partida são as mastabas. As etapas intermediárias representadas pela pirâmide de degraus de Dyoser, em Saqqara, de Esnofru, em Meidum e pela pirâmide romboidal de Dahshur, conduzem às pirâmides perfeitas de Gizé.
• Quantidade de trabalhadores: Calcula-se que a força de trabalho total na pirâmide foi de aproximadamente 4 mil homens entre pedreiros, carregadores e construtores.
• Tempo de construção: entre 23 e 30 anos.
Você sabia?
• A Grande Pirâmide de Gizé é a única das Sete Maravilhas do Mundo Antigo que ainda existe em nossos dias.
Comparação das pirâmides com outras edificações
• A altura original da Grande Pirâmide, que media 146 metros, reduziu-se em 9 metros devido à erosão.
• Foi o edifício mais alto do mundo, até a construção da Torre Eiffel em 1889.
• Os filmes de Hollywood alimentaram o mito de que foram os escravos que construíram as pirâmides. Na realidade o trabalho foi feito por camponeses, que receberam um salário do faraó.
• Desde a época dos gregos, esta construção é conhecida como a pirâmide de Quéops.
• Próximo à pirâmide de Quéops, foi encontrada a tumba de sua mãe, a rainha Heteferes, um dos poucos templos funerários que chegaram até nossos dias sem ser saqueados.
• Quando Tutankamon se transformou em faraó, a Grande Pirâmide já contava tinha 250 anos.
• A Grande Pirâmide é formada por 2.300.000 blocos de pedras individuais, cada um deles pesando cerca de 2,5 toneladas. A grande galeria mede 47 metros de comprimento e 8,48 metros de altura.
• Ao finalizar sua construção, a pirâmide pesava aproximadamente seis milhões de toneladas.
• A Grande Pirâmide está alinhada com os quatro pontos cardeais.
• Em 1798, antes da batalha das pirâmides de Gizé, Napoleão Bonaparte disse às suas tropas: “Soldados, do alto destas pirâmides, quarenta séculos de história nos contemplam”.
• Segundo o Papiro de Turim, a estrutura completa foi construída em aproximadamente 23 anos. Outras fontes indicam que a construção se desenvolveu durante 30 anos.
• Na área ocupada pela Grande Pirâmide caberiam oito campos de futebol. Para rodeá-la, é necessário caminhar quase um quilômetro e sua altura corresponde a um edifício de 40 andares.
http://discoverybrasil.uol.com.br/web/tutankamon/arte-e-arquitetura/piramide/
http://piramidal.net/2008/04/20/o-relampago-de-pochan/

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Copa do Mundo 2014 em 4 atos: 4o ato (Argentina x Suiça)

Estação da Luz
Enfim chegou o dia da minha última partida no estádio. Dia 01/07/2014, oitavas de final ... perdeu, fora!!! Dia feliz por ser um jogo muito importante. Triste por ser o último a ver no estádio.
Como essa partida começa 13h, o dia começa de madrugada. 8h estamos de pé para arrumar tudo e partir para Itaquera.
Uma novidade: em Pinheiros começamos a encontrar suíços e argentinos. Não venham com reclamações, falando que já havíamos encontrado torcedores lá. Suíços ainda não ... argentinos não lembro. Os europeus quietos, com medo não sei se dos argentinos ou de serem roubados. Os argentinos em festa, cantando músicas zombando do Chile e do Uruguai. E do Pelé. Aquele "Maradona és más grande que Pelé" gruda no ouvido, mas ainda acho Pelé maior que Maradona.
A estação da Luz não estava tão cheia, embora tivesse muitos hermanos. Desta vez minha
Repórteres da FOX Sports do Japão
ex-hooligan-ex-ativista-militante-pró-cachorros estava de hermanita. Queria ver o Messi jogando e comemorar gols argentinos. No trem uma viagem tranquila com algumas provocações sem maiores consequências. E uma equipe da FOX Sports do Japão que só falava inglês e japonês. Já mencionei a facilidade de falar outros idiomas depois de beber? Ah é, já!
Passamos pelo shopping, almoçamos, bebemos ... uns 40 minutos antes do início do jogo tomamos o rumo do estádio. Muita gente no trajeto, mas a caminhada foi rápida., inclusive com pouca fila para passar no detector de metais e na catraca. O detalhe foi uma "mala" que não queria deixar a esposa entrar com um pente e um rolinho de uma fita para tirar pelo da roupa. O que será que ela achou que faríamos com esse material?!
Foto da partida
Já dentro do estádio subimos até nossa posição. Ainda bem que era um lance abaixo de onde ficamos antes ... muitos degraus a menos para subir. Lá chegando, veja só a sorte. Uma mulher toda de verde e amarelo, xingando os argentinos. E nós torcendo para eles (mais a esposa que eu). Não gostei do comportamento do pessoal, xingando do nada e decidi torcer MESMO para a Argentina. Perto havia mais algumas pessoas com cânticos ora engraçados, ora ofensivos. alguns argenti
Mais um pouco do jogo
nos olhavam com receio ... vai que falam algo e depois apanham.
Como eu havia dito, não existe jogo fácil nas oitavas. Mesmo Alemanha x Argélia, o jogo com a maior diferença técnica entre as equipes se tornou uma partida extremamente empolgante. Na minha opinião, o melhor jogo da Copa. Depois Inglaterra x Uruguai ... mas vamos voltar ao nosso jogo, certo?
Depois de um 0 a 0 suado no tempo normal o jogo foi para a prorrogação. E na prorrogação cada lance perto da área é quase uma sentença de eliminação. Até que aos 118 minutos de jogo (28 minutos da prorrogação) Lionel Messi consegue um espaço entre a defesa suíça e toca para Di Maria fazer o gol salvador. Enfim do lado onde estávamos ... muita festa dos hermanos, tristeza dos brasileiros que torciam para a Suíça e para os próprios suíços.
Suíços tristes ... argentino feliz!
Fiquei feliz. Depois de alguns momentos tensos minha patroa também estava feliz. Descemos e ficamos andando pelo estádio, conversando com os argentinos, fazendo vídeos, batendo fotos. Um brasileiro arranjou confusão com a PM enquanto os argentinos apenas comemoravam. 
Fomos perto do setor vip, procuramos o local por onde os ônibus das delegações sairiam, mas havia um bloqueio que mantinha a torcida distante. Frustrados, pegamos nosso rumo em direção ao shopping.
Torcida argentina comemorando
No trajeto muita cantoria, conversamos com alguns turistas ... comemos, bebemos (ninguém é de ferro, certo?). Passamos a tarde nos divertindo lá. Participamos da fanfest e à noite retornamos para casa, novamente exaustos e com um misto de alegria e tristeza. Alegria por ter visto o jogo e ver a seleção pela qual torcemos vencer. Tristeza porque seria o nosso último jogo da Copa a ser visto no estádio.
No caminho de volta, uma reflexão: por tudo que vimos, os argentinos queriam apenas festa. Alguns brasileiros, confusão. Não vimos nenhum argentino xingando, fomos tratados com respeito (no estádio, no trajeto, no shopping). Quanto aos brasileiros, alguns passaram e fizeram passar vergonha. E descobri que pelo menos na festa, no jogo, os arrogantes somos nós.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Copa do Mundo 2014 em 4 atos: 3o ato (Bélgica x Coreia do Sul)

Ida ao estádio
Quinta feira, dia 26/06/2014. Último dia da terceira rodada da fase de grupos. No dia seguinte teremos o primeiro dia de folga no torneio e aí ... ah, aí vem as oitavas de final. Perdeu, volta para casa.
O jogo estava marcado para 17h, mas o dia começa bem mais cedo. Levantar, arrumar a casa, limpar o quintal, cuidar de toda a turminha ... e sair bem mais cedo, afinal eu gostaria de ver um dos jogos do outro grupo perto do estádio.
Apesar de proibido, arriscamos levar o tablet. Deu certo, apesar das barreiras, do raio-X, das vistorias, entramos com ele no estádio. mas estou me adiantando ... hoje a patroa não estava de hooligan, mas sim de ativista pró-cachorro (afinal cachorro que é comida e aquele lanche de pão com salsicha).
Detalhe do estádio
Saímos bem mais cedo que o necessário para o estádio. Para variar, em Pinheiros começamos a encontrar os torcedores pegando o mesmo caminho. Curiosamente mais belgas que coreanos. Nem metrô, nem trem estavam lotados. Um pouco cheios sim, tanto que conseguimos ir sentados e tranquilamente. Nem os belgas nem os coreanos faziam muita festa? São quietinhos mesmo ou era a tensão?
No trem conhecemos um belga sortudo. Muito sortudo, diga-se de passagem. Acompanhado de um
amigo brasileiro que explicou tudo e ajudou na tradução. A ajuda foi necessária porque não havíamos bebido ainda e nesta Copa descobri que nosso inglês melhora com a quantidade de chopp ingerida. Quanto mais ingerimos, mais fluente ficamos. Voltando ao belga, ele foi escolhido pela empresa para realizar um trabalho no Brasil há apenas 3 meses da Copa. O trabalho a ser realizado aqui em São Paulo e adivinhe só qual seleção viajaria menos, inclusive jogando aqui: a Bélgica (que havia jogado logo ali em Belo Horizonte e Rio de Janeiro). Acha pouco? Ele não tinha
Eu e a "belgiana"
ingresso e ficou louco para ver sua seleção. Na imigração conheceu um holandês que trabalhava com a venda de ingressos para o evento. Trocaram contato e alguns dias antes da Copa, adivinhem novamente: o holandês ligou e disse ter conseguido 2 ingressos para o jogo em São Paulo. Sem problema, chamou o amigo brasileiro e lá estavam os dois indo para o jogo.
Ao chegarmos em Itaquera, não havia tanta gente assim. Estava cedo, fomos para o Shopping almoçar, beber, ver um pouco do jogo e então ir para o estádio. Antes conhecemos uma "belgiana"
quase da minha altura, muito simpática e bonita. Voltamos de metrô até Artur Alvim e fomos caminhando em meio ao povo. Estava bem mais tranquilo que no jogo Uruguai x Inglaterra. Chegamos um pouco cedo, não pegamos fila e começamos a procurar alguém para desenhar a bandeira belga no rosto da minha ativista. Confesso: cansei de andar. As pernas já estavam moles, o sol inclemente e após o que parecia ter ido a pé de Itaquera até Nova York achamos alguns belgas com as tintas para a tal pintura.
Minha ativista pintadinha
Ótimo ... enfim fomos para nosso lugar. Chegamos durante os hinos. O lugar era mais alto que nos jogos anteriores. Pouco depois sentam ao nosso lado uma senhora e sua neta, portadora de necessidades especiais. Ambas muito simpáticas, mas que pouco entendiam do jogo. Logo fizeram amizade com minha ex-hooligan-atual-ativista-militante-pró-cachorro. Entre um apoio e outro aos Les Diables Rouges, gritos contra os "comedores de cachorros". E sempre tudo devidamente explicado para a menina ao lado.
Ainda bem que estava quente, ao contrário da semana anterior. Anoiteceu e o jogo estava um pouco sonolento. Era engraçado ver o time coreano chegando mais à área belga e não chutando. Sempre aquele toquezinho a mais que atrapalhava. Tivessem chutado quando era possível talvez tivessem vencido o jogo.
Uma cena do jogo
Jogo morno, melhorou depois que os belgas abriram o placar em uma falha do goleiro, que ao invés de rebater a bola para a lateral, mandou para a frente do seu gol. Tudo bem, o jogador belga estava impedido (por muito pouco), mas ainda assim foi uma falha. Uns 10 minutos antes do fim do jogo algumas pessoas começaram a ir embora e a avó da garota perguntou se era bom fazer o mesmo. Orientamos a ir embora antes, porque ficaria muito perigoso a pequena sair no meio da muvuca. Logo elas saíram e ficamos na torcida para que desse tudo certo para ambas.
Detalhe da torcida
Fim de jogo e a seleção eleita para ser a surpresa do torneio vence novamente por 1 gol de diferença. Sem dar espetáculo, jogando um futebol (bem) pragmático, chegaram aos 9 pontos e vão encarar (já encararam, mas façam de conta que ainda não sabem, tá?) os Estados Unidos.
Jogo encerrado, hora de ir embora, para o shopping beber mais claro. Jantamos, bebemos e fomos à
festa (que estava muito fraca). Ficamos um pouco, a patroa comprou um espeto de churrasquinho de gato e demos a carne para um cachorro faminto (chupem coreanos!).
Após o transporte ter esvaziado, viemos para casa e chegamos às 23h. Tempo, ânimo e força suficiente apenas para tomar banho, cuidar da turma e capotar na cama.
A depressão pós-Copa estava chegando. E nosso último jogo no estádio também, infelizmente.

domingo, 29 de junho de 2014

Coyame, 1974



O incidente UFO Coyame foi uma colisão no ar relatada entre um OVNI e um pequeno avião teria ocorrido em 25 de agosto de 1974, perto da cidade de Coyame, Chihuahua, perto da fronteira EUA-México. Alguns teóricos da conspiração acreditam que o UFO foi recuperado por uma equipe de resposta rápida do Governo Estados Unidos montada por agências militares e de inteligência.

Trajetória do UFO
Em 24 de agosto de 1974, um radar de defesa aérea dos EUA detectou um objeto desconhecido no Golfo do México, viajando a cerca de 4.000 km / h, e se dirigiu para Corpus Christi, Texas. De repente, o objeto mudou de direção e se dirigiu para Coyame, Chihuahua, México. Aproximadamente ao mesmo tempo, um pequeno avião decolou de El Paso, Texas à caminho da Cidade do México. O radar EUA detectou tanto o UFO quanto o pequeno avião, e monitorou por um tempo até que seus sinais desapareceram simultaneamente e no mesmo local sobre o México.
O governo mexicano enviou uma equipe para recuperar o pequeno avião e seus passageiros, enquanto os EUA continuou a acompanhar a situação. Os militares dos EUA ofereceram sua experiência de recuperação para o governo mexicano, mas o governo mexicano recusou. Na base aérea de radar militar dos EUA, quatro helicópteros Huey foram preparados assim como uma equipe de recuperação de 15 homens. O grupo americano incluía Capitão Lawrence Merley, tenente Randall Bishop, tenente Eduardo Ramirez, tenente Benjamin Rodes, o sargento Miles Terence e tenente Jerome Smit. O grupo entrou clandestinamente México após interceptar a comunicação de rádio mexicano dando a localização do local do acidente.
Após a sua chegada ao local do acidente, o grupo americano deparou com um objeto metálico estranho, na forma de um disco e exibindo o que parecia ser sinais de impacto frontal e destroços notáveis, juntamente com os restos queimados do pequeno avião, um Cessna 180. A uma curta distância dos destroços foi encontrado também um jipe ​​verde  pertencente aos militares mexicanos e contendo os corpos de quatro soldados mexicanos. Os soldados foram Capitão Arguelles Rogelio Gonzalez (B-72354), o sargento Teófilo Margarito Puebla (B-72544),  José Trinidad Meraz (A-12309) e Ricardo Velazquez (B-905523). Seus corpos mostravam sinais de morte por asfixia. Eles também estavam em posse de suas armas de fogo, mas não mostraram nenhuma evidência de tentar usá-las. Um dos helicópteros Huey pegou o UFO e levou a cerca de 15 quilômetros, onde um comboio americano aguardava para levá-lo através do trilho para a Base Aérea de Wright-Patterson.

Corpo de soldado morto em Coyame, pelo History Channel
O paradeiro do UFO é até hoje, desconhecido. Quanto aos soldados mexicanos mortos, o exército mexicano nega que tal incidente tenha ocorrido. Isto, apesar das evidências esmagadoras apresentadas em relatórios mexicanos da época e disponíveis no arquivo geral de comunicações de rádio do exército mexicano. Os nomes e as patentes dos soldados mexicanos são até hoje, oficialmente negados pelo governo mexicano também.
O incidente em Coyame veio à tona em 1992, quando uma carta do caso foi enviada anonimamente para alguns investigadores de OVNIs nos Estados Unidos e Europa. O documento foi intitulado “resultados de pesquisas sobre a queda do OVNI em Chihuahua” e foi endereçada “para todos integrantes da equipe Deneb”. Em Washington D.C., Elaine Douglass, do grupo UFO Direito de Saber, recebeu uma cópia e encaminhou à Leonard Stringfield, que incluiu em sua publicação de 1994, UFO Retrievals Crash: procure por prova em uma sala de espelhos. Reconhecido como o primeiro pesquisador UFO a dar credibilidade séria a relatos de UFOs acidentados, Stringfield escreveu que o incidente em Coyame foi “escrita por autoridades, usando terminologia correta e militar e ao contrário de um boato, traça uma linha entre a chamada prova concreta e o que é especulativo”.
Resultado
Depois que o relatório veio à tona em 1992, a história do incidente UFO Coyame permaneceu dormente até 2005, quando os produtores da série de tv a cabo UFO Files, exibido no canal History, criou um espetáculo com base no relatório. O show, chamado “Roswell do México”, foi um dos vários episódios sobre UFO, semelhante ao incidente de 1947 em Roswell. Escrito por Vincent Kralyevich e Scott Miller, “Roswell do México” foi ao ar em 12 de dezembro de 2005, e contou com comentários do veterano investigador ufólogo Ruben Uriarte. Uriarte já havia investigado os casos de OVNIs no México e foi a ligação do MUFON a grupos ufológicos civis do México.

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Coyame_UFO_incident

Copa do Mundo 2014 em 4 atos: 2o ato (Holanda x Chile)

Chegada ao estádio
Bom, com um pouco de atraso ... coisa pouca, apenas uma semana, vamos ao dia 23/06/2014 quando ocorreu o jogo Holanda x Chile pelo grupo B da Copa do Mundo. Serei totalmente imparcial, apesar da torcida pela Holanda. Hup Holland hup! (escapou)
Vamos pular a parte do café da manhã e ir direto para a viagem. Em Pinheiros começou o encontro entre as torcidas, mas tudo na paz, apenas com cantoria. Precisamos fazer uma parada na Paulista para resolver uma questão particular e a estação Consolação tinha filas de torcedores para comprar o bilhete para o metrô. Muito mais chilenos, que ficavam com seu grito "Chi-Chi-Chi le-le-le! Viva Chile"!! Depois de resolver nosso problema, voltamos para o metrô e a situação não havia mudado. Hup Holland hup! (hehe)
Um raro momento de tranquilidade na chegada
A viagem até a Luz foi tranquila ... desta vez formos pelo expresso, direto da estação da Luz para Itaquera. Caramba, que trem lotado. Para variar com muuuuuitos chilenos e seu grito-chiclé! Os holandeses mais tímidos, só olhavam e riam nervosamente. Haviam percebido que seriam minoria no jogo. Claro que nós brasileiros nos dividiríamos entre as seleções, só não sei em qual proporção. No meio do trajeto alguém gritou "COLÔMBIAAAA". Havia um grupo de colombianos caracterizados indo para o jogo também. Algumas pessoas aplaudiram, outros gritaram Holanda ou então Chile. Esperei o alarido diminuir e gritei "SHAKIRAAAA". Risada geral ...
Um parêntese aqui ... devido a problemas técnicos (digamos, bateria dos smartphones) são poucas as fotos ... problema resolvido no dia 26, mas não vou me adiantar agora.
Dessa vez chegamos com menos tampo para o jogo, então decidimos ir rápido para o estádio (rá ... piada). Seguimos a procissão ... muita gente, de vários países. Alemães, mexicanos, argentinos entre outros, além dos protagonistas do jogo. Tinha até direito a alguns Gullits!!!!!
Os Gullits
Depois de enfrentar o frio no jogo anterior, haja calor! Estranho, mas bem vindo nesse início de inverno. Dentro do estádio clima de festa ... e mais chilenos que holandeses.
Jogo bom, muita festa e para variar os gols saíram do outro lado do campo! Espero que no próximo jogo seja diferente. Enfim, 2 a 0 para nós, ops, para os holandeses. Classificação em primeiro lugar, empurrando o Chile para o segundo.
Parece que o mundo estava saindo do estádio outra vez. Diversas línguas, bandeiras ... e adivinhem: mais festa. O bom é que nada de gritos chilenos ... ufa!!!
Depois do jogo, do esforço, da torcida, nada melhor que chopp, óbvio. E lá fomos nós para o shopping beber. Ainda ficamos para a fan-fest, durante o jogo do Brasil, onde rolou muita curtição.
Enfim, já era 21h e decidimos voltar para casa. Pernas doloridas, muito álcool, suados, mas felizes. Valeu a pena ter ido e presenciado mais um jogo. E que venha Bélgica x Coreia do Sul!!!!!!